Para fazer o faux chenille, recomenda-se utilizar tecidos de algodão, seda ou flanela, basicamente algo macio e que desfie. Tecidos sintéticos ou com alto conteúdo de fibras sintéticas quase não desfiam e assim o efeito chenille não aparece. A quantidade de camadas vai depender da potência da máquina de costura, do tipo de tecidos escolhidos e do efeito desejado. Normalmente de 4 a 8 camadas.
Para este projeto, escolhi 2 tipos de tecidos, atoalhado e flanela. O atoalhado utilizei para a camada inferior, a base, que não é cortada, e acima deste, 3 camadas de flanela.
É importante que os tecidos estejam todos na mesma direção e que a direção dos cortes seja na diagonal (viés). Para descobrir onde fica o viés do tecido, segure o tecido em lados opostos e puxe. O lado que o tecido não esticar vou chamar aqui de longitudinal e o lado que o tecido esticar um pouco, transversal. O viés do tecido fica no sentido diagonal e é o que mais estica. É no sentido diagonal que se costura as fileiras paralelas.
Outra forma de se descobrir o viés do tecido é observar a direção dos fios. Na borda do tecido puxe um fio. Trace uma linha reta onde este fio se localiza. Com uma régua, trace uma linha a 45 graus. A linha de 45 graus é onde fica o viés do tecido.
Depois de descobrir o viés do tecido, marque as linhas paralelas. Eu utilizei uma canetinha que apaga com água. A distância entre cada fileira vai depender do efeito desejado. Quanto menor o espaço entre as fileiras, mais delicado o efeito. Eu marquei a cada 1 cm. Depois de marcar as fileiras, sobreponha as camadas de tecido. Para que o tecido não deslize enquanto se costura, pode-se utilizar cola de tecido, alfinetes de segurança, ou ainda, pode-se alinhavar a espaços regulares. Se quiser dar uma incrementada no projeto, recorte desenhos em tecidos de cores contrastantes e coloque sobre a camada superior.
Comece a costurar a partir do centro e vá costurando em direção as laterais. Assim, a distorção do tecido é menor. A fim de evitar distorções, eu preferi costurar fileiras alternadas, uma sim, outra não, e depois voltar e costurar as que não foram costuradas na primeira vez.
Depois de costurar todas as fileiras, com uma tesoura de preferência de ponta arredondada, corte as 3 camadas superiores. Tome muito cuidado para não cortar a base, ou acabá com uma pilha de tirinhas!
Depois de cortar todas as fileiras, apare as beiras e costure um viés ao redor do projeto para dar o acabamento final.
O efeito chenille só vai aparecer depois de lavar o projeto pronto. Dependendo do tecido, serão necessárias algumas lavadas para se antigir o efeito desejado. Com a flanela, uma vez foi o suficiente. Há quem escove delicadamente o projeto antes de lavar para encorajar os tecidos a desfiarem mais facilmente.
Depois de lavado e seco, o meu tapete desfiou de forma irregular em alguns dos apliquès. Isso foi porque eu não os posicionei corretamente, ou seja, o viés do apliquè não ficou na obliqua do projeto. Se isso acontecer, basta aparar os fios soltos.
Aqui, o tapete pronto!
Na empolgação, fiz mais um com apliquè de folhas e outro com flores. Descobri que as flores com 3 camadas de tecidos ressaltaram mais.
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Flor com três camadas de tecidos. |
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Flores com uma camada de tecido. |
Antes de fazer os tapetes, fiz uma experiência com tecidos com alto conteúdo de poliéster e costurando e cortando as fileiras em várias direções.
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Este foi cortado e costurado na diagonal, mas por
causa do tipo de tecido, não desfiou mesmo depois
de lavado várias vezes. |
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Este foi costurado e cortado no sentido longitudinal
do tecido. Desfiou, mas mesmo se aparasse os fios
soltos, o efeito chenille não apareceria. |
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