quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ponto Espinha de Peixe (Herringbone Stitch)

     Há tantos tipos de pontos de costura que dá para se perder! Um ponto muito útil que uso bastante chama-se espinha de peixe.


     Este ponto é costurado da esquerda para a direita.

     Insira a agulha no avesso do trabalho na parte inferior da borda (1). No lado direito, insira a agulha na diagonal superior direita (2) e retire a agulha logo à esquerda, dando um ponto estreito (3). Cruze a linha sobre a primeira "perna" do ponto e insira a agulha da direita para a esquerda no canto inferior direito (4). Repita estas etapas até o final do trabalho.

     Os pontos podem ser longos ou curtos, estreitos ou largos. Pode ser utilizado para fazer barra, prender beiras soltas e até como bordado.

Moedeira de Zíper

     Aprendi a fazer esta moedeira com um kit japonês. É muito fácil e fica pronto rapidinho. O interessante é que cada moedeira fica com um formato diferente da outra!

     Para fazer a moedeira, precisa-se de:
1) um zíper de 50 cm
2) 60 cm de fita de 1.5 cm ou 1.8 cm de largura (eu usei fita de linho)
3) Agulha de costura
4) Linha de costura da cor da fita.


Quantas partes tem um zíper?
    
     Corte a fita em dois pedaços, um de 54 cm e outro de 6 cm.


      Abra o zíper e sobreponha uma das pontas superiores sobre a outra e prenda com um alfinete, formando um círculo.


     Dobre o pedaço de fita de 6 cm no meio e alinhave-o entre os terminais superiores do zíper.


     No lado direito do puxador da moedeira, meça 7 cm e marque com um alfinete. Aqui será o ponto inicial da costura. Dobre cerca de 0.5 cm na ponta da fita e deixe 1 cm sobrando.


      Alfinete toda a fita no zíper. Quando chegar ao final da fita, marque com um alfinete 7 cm do cursor. Dobre cerca de 0.5 cm na beirada da fita e pare de costurar 1 cm antes do final.

No reverso do zíper, observe
que há 2 linhas paralelas e entre estas,
uma carreira com buraquinhos.
Aqui é o local ideal para se costurar a fita.

      Costure em ponto corrido por toda a extensão da fita. Quando chegar à extremidade final da fita, dobre o zíper no local marcado com o alfinete e costure a ponta dobrada. Empurre o zíper dobrado dentro da ponta formada e continue a costurar. A outra extremidade é costurada da mesma maneira.



      Cruze uma das pontas inferiores do zíper sobre a outra e segure-as com um alfinete.


     Alfinete a margem solta da fita no zíper e costure no lugar. Mantenha a costura rente ao zíper quando chegar na extremidade inferior do zíper. Aqui é onde dobramos o "Cabo da Boa Esperança"! Costure até atingir o início da fita e repita o mesmo procedimento para fechar a ponta da fita.


     Resumindo....

      Para dar um toque final, pode-se fazer o acabamento das margens do zíper no reverso do trabalho. Pode-se utilizar qualquer ponto que una as duas margens. Eu costumo costurar com ponto espinha de peixe (Herringbone stitch).

Esquerda: Sem acabamento no reverso.
Direita: Com acabamento em ponto
espinha de peixe.


     Depois de tudo costurado,

     Feche o zíper....

     E pronto! é só encher de moedas!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Faux Chenille

     Para fazer o faux chenille, recomenda-se utilizar tecidos de algodão, seda ou flanela, basicamente algo macio e que desfie. Tecidos sintéticos ou com alto conteúdo de fibras sintéticas quase não desfiam e assim o efeito chenille não aparece. A quantidade de camadas vai depender da potência da máquina de costura, do tipo de tecidos escolhidos e do efeito desejado. Normalmente de 4 a 8 camadas.

     Para este projeto, escolhi 2 tipos de tecidos, atoalhado e flanela. O atoalhado utilizei para a camada inferior, a base, que não é cortada, e acima deste, 3 camadas de flanela.


     É importante que os tecidos estejam todos na mesma direção e que a direção dos cortes seja na diagonal (viés). Para descobrir onde fica o viés do tecido, segure o tecido em lados opostos e puxe. O lado que o tecido não esticar vou chamar aqui de longitudinal e o lado que o tecido esticar um pouco, transversal. O viés do tecido fica no sentido diagonal e é o que mais estica. É no sentido diagonal que se costura as fileiras paralelas.
     Outra forma de se descobrir o viés do tecido é observar a direção dos fios. Na borda do tecido puxe um fio. Trace uma linha reta onde este fio se localiza. Com uma régua, trace uma linha a 45 graus. A linha de 45 graus é onde fica o viés do tecido.


     Depois de descobrir o viés do tecido, marque as linhas paralelas. Eu utilizei uma canetinha que apaga com água. A distância entre cada fileira vai depender do efeito desejado. Quanto menor o espaço entre as fileiras, mais delicado o efeito. Eu marquei a cada 1 cm. Depois de marcar as fileiras, sobreponha as camadas de tecido. Para que o tecido não deslize enquanto se costura, pode-se utilizar cola de tecido, alfinetes de segurança, ou ainda, pode-se alinhavar a espaços regulares. Se quiser dar uma incrementada no projeto, recorte desenhos em tecidos de cores contrastantes e coloque sobre a camada superior.



     Comece a costurar a partir do centro e vá costurando em direção as laterais. Assim, a distorção do tecido é menor. A fim de evitar distorções, eu preferi costurar fileiras alternadas, uma sim, outra não, e depois voltar e costurar as que não foram costuradas na primeira vez.
     Depois de costurar todas as fileiras, com uma tesoura de preferência de ponta arredondada, corte as 3 camadas superiores. Tome muito cuidado para não cortar a base, ou acabá com uma pilha de tirinhas!




     Depois de cortar todas as fileiras, apare as beiras e costure um viés ao redor do projeto para dar o acabamento final.
     O efeito chenille só vai aparecer depois de lavar o projeto pronto. Dependendo do tecido, serão necessárias algumas lavadas para se antigir o efeito desejado. Com a flanela, uma vez foi o suficiente. Há quem escove delicadamente o projeto antes de lavar para encorajar os tecidos a desfiarem mais facilmente.
     Depois de lavado e seco, o meu tapete desfiou de forma irregular em alguns dos apliquès. Isso foi porque eu não os posicionei corretamente, ou seja, o viés do apliquè não ficou na obliqua do projeto. Se isso acontecer, basta aparar os fios soltos.




     Aqui, o tapete pronto!


     Na empolgação, fiz mais um com apliquè de folhas e outro com flores. Descobri que as flores com 3 camadas de tecidos ressaltaram mais.




Flor com três camadas de tecidos.

Flores com uma camada de tecido.
 



      Antes de fazer os tapetes, fiz uma experiência com tecidos com alto conteúdo de poliéster e costurando e cortando as fileiras em várias direções.

Este foi cortado e costurado na diagonal, mas por
causa do tipo de tecido, não desfiou mesmo depois
de lavado várias vezes.

Este foi costurado e cortado no sentido longitudinal
do tecido. Desfiou, mas mesmo se aparasse os fios
soltos, o efeito chenille não apareceria.